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Era uma vez uma jovem princesa que vivia em um grande castelo cercado de jardins, rios e florestas. Embora tivesse muitos brinquedos e joias, o que mais amava era uma bola dourada que seu pai, o rei, lhe dera quando era pequena. A bola era seu objeto mais querido, e a princesa passava horas brincando com ela nos jardins, jogando-a para o alto e pegando-a de volta.

Certo dia, enquanto passava pela floresta próxima ao castelo, a princesa chegou a um poço profundo e decidiu brincar ali. Jogou a bola para o alto, mas ela escapou de suas mãos, quicou e caiu direto no fundo do poço. A princesa conseguiu alcançá-la, mas o poço era muito fundo, e ela ficou desolada. Triste, começou a chorar, lamentando a perda de sua bola querida:

– Oh, minha preciosa bola dourada! Como você viverá sem você?

Nesse momento, ouvi uma voz rouca e inesperada:

– Por que choras, princesa?

Assustada, a princesa olhou ao redor e viu um sapo verde e grande à beira do poço, observando-a com seus olhos alinhados. Ela hesitou, mas depois explicou:

– Minha bola dourada caiu no poço, e não consigo recuperará-la! – disse, fungando.

O sapo olhou para ela com simpatia e disse:

– Posso ajudá-la a recuperar sua bola dourada, mas o que me dará na troca?

A princesa, ansiosa por ter seu brinquedo de volta, respondeu rapidamente:

– Ah, eu daria qualquer coisa que você pedisse! Minhas joias, meu vestido de seda, até minha coroa, se quiser!

Mas o sapo balançou a cabeça e respondeu:

– Não, princesa. Eu não quero suas joias, nem seu vestido, nem sua coroa. Quero ser seu amigo. Desejo que eu deixe viver no castelo, que eu coma de seu prato, beba de seu copo e durma em sua cama. Se me prometer isso, trarei sua bola dourada.

A princesa achou o pedido estranho, mas, ansiosamente para ter sua bola de volta, prometeu rapidamente:

– Sim, sim, eu prometo tudo o que quiser, desde que eu traga a bola de volta!

Satisfeito, o sapo mergulhou no poço e, após alguns minutos, emergiu com a bola dourada entre as patas. Ele a entregou à princesa, que ficou tão feliz que, assim que pegou a bola, saiu correndo de volta para o castelo, sem sequer olhar para trás ou lembrar-se da promessa que causara.

Naquela noite, durante o jantar, a princesa estava sentada à mesa com seu pai, o rei, e comia tranquilamente, quando encontrou um som estranho na porta. Era um som de batidas, e logo uma voz rouca disse:

– Princesa, princesa, abra a porta! Lembre-se do que prometeu lá no poço, de como eu a ajudei e você me prometeu um lugar.

A princesa ficou aterrorizada ao ouvir a voz do sapo e, com o rosto pálido, contorno ao pai o que havia acontecido na floresta. O rei, ouvindo a história, a olhou seriamente e disse:

– Minha filha, você fez uma promessa, e uma promessa deve ser cumprida. Abra a porta e deixe o sapo entrar.

Relutante e incomodada, a princesa foi até a porta e abriu-a. Lá estava o sapo, esperando pacientemente. Ele saltou para dentro do salão e dirigiu diretamente para a princesa, dizendo:

– Boa noite, princesa. Agora me leve até a mesa, para que eu possa jantar com você, como prometido.

A princesa, enojada, pegou o sapo com cuidado e colocou sobre a mesa, tentando manter distância. O sapo então olhou para seu prato e disse:

– Quero comer do seu prato e beber do seu copo.

Com grande esforço, a princesa empurrou o prato para ele e, a cada mordida que o sapo dava, ela se encheu de repulsa. Quando o jantar terminou, o sapo deu outro salto e olhou para a princesa com seus olhos enormes e longos:

– Estou cansado agora. Leve-me para o seu quarto, onde eu possa descansar.

A princesa ficou indignada, mas o rei, que ouviu o pedido, entrevista:

– Filha, você deu sua palavra. Leve o sapo até o seu quarto.

Furiosa, a princesa pegou o sapo com desprezo e o levou até seu quarto. Ao chegar lá, jogou-o em um canto e disse:

– Pode dormir aí, no chão.

Mas o sapo a olhou e respondeu calmamente:

– Princesa, eu quero dormir na sua cama, como você prometeu.

Indignada e sem paciência, a princesa pegou o sapo e o atirou na cama, desejando que ele ficasse quieto e dormisse. Mas, de repente, algo extraordinário aconteceu. Assim que o sapo tocou o colchão, ele começou a brilhar e a se transformar. A princesa viu-se com espanto enquanto o sapo se transformava em um jovem príncipe , bonito e gentil.

Ela ficou surpresa e, antes que pudesse perguntar o que havia acontecido, o príncipe explicou:

– Fui enfeitiçado por uma bruxa malvada e transformado em um sapo. Só poderia ser libertado se uma princesa de coração bondoso cumprisse uma promessa feita a mim. Obrigado, princesa. Mesmo contra a sua vontade, você manteve sua palavra e corte o feitiço.

Ainda chocada, a princesa se desculpou por tê-lo tratado mal. O príncipe enviou e aceitou as desculpas, entendendo que ela não sabia da verdade. Os dois conversaram longamente naquela noite, e o príncipe contou sobre sua vida antes do feitiço, sobre seu reino distante e sobre o sofrimento que passou na pele de um sapo.

Com o tempo, a princesa e o príncipe se tornaram grandes amigos, e o que começou como uma estranha amizade logo se transformou em amor. Quando o rei soube da transformação, ficou muito feliz e abençoou a união dos dois. O príncipe pediu a mão da princesa em casamento, e ela aceitou com alegria.

Depois de alguns dias, os preparativos para o casamento foram feitos, e o príncipe encontrou seus familiares e amigos de seu reino para a cerimônia. Foi uma grande festa, com danças, banquetes e música que duraram dias. O reino inteiro comemorou a união dos dois, e todos ficaram felizes ao ver a espera de Cinderela e a honra do príncipe em retribuir a ajuda que recebeu.

Assim, a princesa e o príncipe partiram juntos para o reino dele, onde foram recuperados com honras. Cinderela se tornou uma rainha muito querida, e o príncipe governou com sabedoria ao lado dela. A história do sapo e da promessa foi contada e recontada por todos no reino, como uma lição sobre o valor da palavra dada e sobre a importância de cumprir as promessas, mesmo que pareçam pequenas.

E assim, a princesa e o príncipe viveram felizes para sempre, protegendo e governando o reino com justiça e segurar.

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