
Era uma vez uma bela fazenda com um grande lago e campos verdes. Em um ninho, à beira do lago, uma pata estava chocando seus ovos com paciência e carinho, esperando o momento em que seus patinhos finalmente nasceriam. Um a um, os ovos nasceram a rachar, e a mãe viu pata, com orgulho, surgem patinhos fofos e amarelinhos, todos piando e abrindo as asas para sua primeira aventura no mundo.
Mas havia um ovo maior, de aparência um pouco diferente dos outros, que ainda não havia se partido. Curiosa e um pouco preocupada, a mãe pata continuou chocando-o, até que, dias depois, ele finalmente começou a se abrir. A cascata se separou, e de dentro saiu um patinho grande, de penas cinzentas e aparência diferente dos irmãos . Ele era desajeitado, tinha o bico um pouco mais longo e penas de um cinza opaco, que contrastavam com as suaves plumagens douradas dos outros patinhos.
Ao ver o patinho cinzento, os outros animais da fazenda caíram a cochichar e a zombar dele.
– Que patinho estranho! – exclamou uma galinha. – Ele não é bonito como os outros!
– Que coisa esquisita! Ele é desajeitado e feio! – Disseram os patinhos, rindo.
O patinho cinza abaixou a cabeça, ouvindo os risos e comentários cruéis, e sua mãe, apesar de triste, tentou confortá-lo, dizendo:
– Você é apenas diferente, meu filho. Isso não significa que seja menos especial.
Mas, dia após dia, o patinho cinzento era maltratado pelos irmãos e ignorado pelos outros animais. O tempo passava, e ele continuava a ser alvo de brincadeiras cruéis e risadas. Os patos, galinhas e outros animais da fazenda o evitavam, e eles sempre ficavam sozinhos, afastados do grupo, sentindo-se rejeitados e sem amigos.
Cansado de ser maltratado e triste por não se sentir aceito, o patinho decidiu deixar a fazenda e partir em busca de um lugar onde pudesse ser feliz. Durante sua jornada, ele vagou por vários lugares, tentando encontrar um lar. Ao chegar a um pântano, encontrei um grupo de patos selvagens e pensei que, talvez todos, pudessem fazer amigos. Ele se mudou timidamente e perguntou:
– Posso ficar com vocês?
Os patos selvagens o observaram e, rindo de sua aparência, disseram:
– Pode ficar até, mas você é muito feio. Aqui, ninguém vai te querer por perto.
Mais uma vez, o patinho se sentiu rejeitado. Ele continuou sua caminhada, cada vez mais solitário e com o coração partido. O outono já havia chegado, e o patinho vemos que as folhas caíram das árvores e o frio começava a chegar. Em uma noite gelada, ele encontrou um abrigo improvisado e ali adormecido, tentando se proteger do frio. Mas mesmo assim, ele sentia falta de companhia, do calor de uma família.
Com o inverno, o patinho apresentou ainda mais dificuldades. Os ventos gelados sopravam forte, e a comida era escassa. Ele tentou se abrigar em um lago parcialmente congelado, mas acabou ficando preso no gelo. Quando pensei que não resistiria mais, um fazendeiro bondoso o encontrou, tirou-o do gelo e o levou para casa. Lá, a esposa do fazendeiro cuidou dele e o alimentou, aquecendo-o junto à lareira.
O patinho passou o inverno na casa do fazendeiro, mas, mesmo ali, os animais da fazenda o trataram com desprezo. Ele sentiu-se deslocado e evitado, até mesmo na presença de outros animais domésticos. Quando a primavera finalmente chegou, o patinho, mais forte e recuperado, decidiu partir novamente. Ele agradeceu ao fazendeiro e sua esposa e saiu em busca de algo que ele mesmo ainda não sabia ao certo.
Com o retorno da primavera, o patinho se mudou de um lago. Enquanto observava a água, observe algo que nunca havia visto antes. Sobre o lago nadavam cisnes majestosos , com penas brancas e elegantes, deslizando graciosamente sobre a água. O patinho ficou encantado com a beleza e a paz dos cisnes e sentiu um desejo profundo de estar perto deles, embora temesse ser rejeitado novamente.
Timidamente, ele se mudou dos cisnes e disse:
– Sei que sou feio e diferente, mas… posso ficar perto de vocês? Eu prometo que não vou incomodar.
Os cisnes o olharam com curiosidade e, para sua surpresa, abriram espaço para ele. O patinho, ao ver seu reflexo na água junto aos cisnes, ficou espantado. Ele não se parecia mais com o patinho cinza e desajeitado que todos zombavam. Em vez disso, viu uma figura elegante e graciosa, com penas brancas e finas . Ele havia se transformado em um belo cisne.
O patinho, que agora era um cisne, mal podia acreditar no que via. Compreendeu, finalmente, que ele não era um pato ou um patinho feio, mas um cisne desde o início. Ele apenas pediu tempo para crescer e revelar sua verdadeira beleza. Os cisnes o aceitaram de bom grado em seu grupo, e ele, emocionado, voou com eles pelo lago e pelos campos, finalmente sentindo-se em casa e aceito.
Com o tempo, o cisne aprendeu que não era a aparência ou o julgamento dos outros que definia seu valor, mas sim quem ele realmente era. Ele encontrou a felicidade e a paz, cercado de amigos que o amava por sua verdadeira natureza. Nunca mais se sentiu feio ou sozinho, pois havia descoberto seu lugar e sua própria beleza.
E assim, o Patinho Feio, que sempre foi um cisne, viveu feliz para sempre, aprendendo que a verdadeira beleza está em ser fiel a si mesmo.