
Era uma vez uma jovem chamada Cinderela , que vivia em uma pequena vila com seu pai. Desde pequena, Cinderela era uma menina doce e gentil, conhecida por ajudar todos ao seu redor. Infelizmente, sua mãe havia falecido quando ela ainda era criança, e Cinderela e seu pai ficaram sozinhos por muitos anos. Em busca de companhia e desejando dar à filha uma família novamente, o pai de Cinderela se casou com uma mulher que tinha duas filhas da mesma idade de Cinderela.
A princípio, a jovem estava esperançosa, acreditando que ganharia uma nova mãe e duas irmãs. No entanto, a madrasta era uma mulher egoísta e fria, que rapidamente demonstrou seu verdadeiro caráter. Ela e as filhas desprezaram Cinderela por sua segurança e beleza, e logo passaram a tratá-la como uma criada. Cinderela fazia todos os trabalhos pesados da casa, desde limpar o chão e acender a lareira até cozinhar e lavar as roupas. Enquanto as irmãs vestiam-se com roupas finas e desfrutavam de todos os privilégios, Cinderela estava sempre coberta de cinzas e poeira. Por isso, as irmãs apelidaram maldosamente de “Cinderela”.
Certo dia, o pai de Cinderela adoeceu e faleceu, deixando-a sozinha com a madrasta e as meias-irmãs. Sem ninguém para defendê-la, Cinderela foi cada vez mais rebaixada ao papel de serva. Passava os dias trabalhando e cuidando da casa, sempre com paciência e doçura, sem jamais reclamação. Apesar de tudo, ela mantinha a esperança e se consolava ao conversar com os animais da casa – pássaros, ratos e outros pequenos amigos que fizeram sua única companhia.
Em uma certa manhã, chegou uma mensagem especial ao vilarejo: o rei organizou um grande baile no castelo em homenagem ao príncipe, que estava na idade de se casar. Todas as jovens solteiras do reino foram convidadas, pois o príncipe escolheria sua futura esposa durante uma festa. Ao saber da notícia, as meias-irmãs de Cinderela ficaram eufóricas, sonhando em se casar com o príncipe e se tornarem futuras rainhas. A madrasta, animada com a ideia de ver uma de suas filhas no trono, gastou boa parte do dinheiro da família em vestidos, joias e sapatos para a ocasião.
Cinderela, ao ouvir sobre o baile, sentiu seu coração bater mais forte. Ela sonhava em ir ao baile e ver o castelo, mas, ao pedir permissão, foi recebida com zombarias. A madrasta apenas riu e respondeu com frieza:
– Você, Cinderela? Vai ao baile? Olha para você! Onde conseguiria um vestido adequado? E quem iria dançar com uma moça tão simples como você? Só você poderá terminar todos os trabalhos da casa e encontrar algo decente para vestir.
Então, enquanto as irmãs e a madrasta passavam o dia inteiro se arrumando, Cinderela trabalhava incansavelmente. Limpou cada canto da casa, cozinhou, lavou e especificações tudo, com a esperança de que, ao final, pudesse ir ao baile. Quando finalmente terminou, vestiu um antigo vestido da mãe, que recomendou com a ajuda de seus amigos pássaros e ratos, e foi até a madrasta e as irmãs, pedindo permissão para ir.
Mas ao verem Cinderela tão linda com seu vestido simples, as irmãs se encheram de inveja. Rindo, puxou o vestido de Cinderela, rasgando-o em pedaços e desfazendo todo o trabalho que ela e seus amigos fizeram. Cinderela, com o coração partido, viu as irmãs e a madrasta saíram para o baile, deixando-a sozinha.
Tomada pela tristeza, Cinderela foi para o jardim e começou a chorar. Entre suas lágrimas, murmurou:
– Eu só queria ter uma chance de ser feliz… de ser visto, pelo menos uma vez.
Nesse momento, uma luz suave apareceu ao seu lado. Ao olhar para cima, viu uma senhora bondosa, com um sorriso acolhedor. Era sua fada madrinha .
– Não chore, minha querida – disse a fada com doçura. – Hoje é seu dia, e você também irá ao baile. Confie em mim.
Com um leve toque de sua varinha, a fada madrinha olhou ao redor e usou sua magia para transformar objetos comuns em uma noite de encantamento. Ela tocou uma abóbora que estava no jardim e se transformou em uma magnífica carruagem dourada . Em seguida, escolheram quatro ratinhos, que rapidamente se transformaram em cavalos brancos . O velho gato da casa virou um elegante cochero , e até mesmo o cão ganhou um papel: ele virou um lacaio com um fraque bonito.
Por fim, a fada madrinha designou uma varinha para Cinderela e fez seu vestido remendado se transformar em uma linda roupa de gala , bordada com fios de prata e pedrarias que brilhavam como estrelas. Seus pés eram calçados com delicados sapatinho de cristal , que completavam o traje de forma perfeita.
Antes de partir, a fada madrinha deu à Cinderela um último aviso:
– Este feitiço durará apenas até meia-noite. Quando o relógio subir, tudo voltará a ser como era antes. Então, seja cuidadoso e aproveite cada instante.
Cinderela agradeceu com um sorriso e subiu na carruagem, partindo para o castelo com o coração cheio de alegria e emoção. Ao chegar ao baile, todos os olhares se voltaram para ela. Ninguém, nem mesmo a madrasta e as meias-irmãs, a consideraram. O príncipe, ao ver Cinderela, ficou encantado e foi imediatamente ao seu encontro, convidando-a para dançar. Os dois passaram a noite dançando, conversando e rindo, e o príncipe não quis saber de mais ninguém no salão.
Cinderela ficou tão preocupada que perdeu a noção do tempo. Quando o relógio começou a subir as badaladas da meia-noite, ela se lembrou do aviso da fada madrinha e, em desespero, soltou-se do príncipe e correu para fora do salão. O príncipe, perplexo e sem entender, correu atrás dela, mas Cinderela foi rápida e, enquanto descia as escadas do castelo, um dos seus sapatininhos de cristal caiu de seu pé. Ela, no entanto, não teve tempo de voltar para pegá-lo e desapareceu, um pouco antes do feitiço se desfazer.
Na manhã seguinte, o príncipe, determinou a encontrar um jovem misterioso que roubara seu coração, intencionalmente que todos os guardas do reino buscassem a dona do sapatinho. Ele decretou que um jovem que conseguisse calçar o sapato seria sua futura esposa. Guardas foram de casa em casa, e todas as moças tentaram calçar o sapatinho, mas ele não serviu em nenhuma delas.
Quando chegou à casa de Cinderela, uma madrasta tentou impedir que ela experimentasse o sapato. Enquanto as irmãs se esforçavam em vão para fazer o sapatinho servir, a madrasta fazia de tudo para distrair os guardas, mas eles finalmente perceberam Cinderela e permitiram que ela experimentasse.
Ao calçar o sapatinho de cristal, todos ficaram surpresos ao ver que ele servia perfeitamente. Cinderela, então, tirou o outro sapatinho que guardava consigo e o calçou, deixando todos espantados com o encaixe perfeito dos sapatos. Nesse momento, Cinderela revelou sua identidade e contou a história de sua vida. O príncipe, que estava acompanhando a busca, escolheu cada palavra e, emocionado, se mudou de Cinderela, pedindo-a em casamento.
A madrasta e as irmãs, envergonhadas e arrependidas, mal puderam acreditar. Cinderela, porém, com seu coração generoso, as perdoou. Em seguida, partiu para o castelo com o príncipe, onde foi recebido com uma grande festa.
Cinderela e o príncipe se casaram em uma cerimônia magnífica e, finalmente, ela pôde viver em paz e felicidade, ao lado do homem que amava. Os habitantes do reino festejaram por dias, e Cinderela foi sempre lembrada como uma princesa bondosa e querida por todos.
E assim, Cinderela e o príncipe viveram felizes para sempre, cercados de amor e alegria.